sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Sobre a Petrobras

Eufóricos, os repórteres especialistas em economia transpiram um certo regozijo ante a queda brutal que vem experimentando a Petrobras. Hoje então ficaram exultantes com a divulgação do rebaixamento das notas da empresa pela agência Moody's em função da divulgação de supostas perdas devida aos esquemas de corrupção que, ao que parece, a tem infectado...

Mas, pelo que pude verificar, parece que estão metendo alhos e bugalhos no mesmo balaio, ou seja, estão considerando perdas tanto as estimativas de recursos desviados como propinas com frustração de expectativas de lucratividade no futuro devido a acentuada queda no valor do barril de petróleo. 

Então vejamos, uma coisa é uma coisa, a perda devida à corrupção...
Outra coisa é outra coisa, a perda projetada devido a redução do valor do barril de petróleo. 

Se o preço do barril caiu muito, então a expectativa de lucratividade da empresa também caiu muito, e assim precisa haver um mecanismo que permita ajustar as coisas no balanço da empresa, ou, como dizem, o tal do 'impairment' (algo como deterioração). Só que isso deve ser ajustado aos poucos porque na verdade, ninguém sabe a quanto o preço do barril de petróleo poderá chegar amanhã.

Então, misturar perda por corrupção com o tal do 'impairment' é uma tremenda impropriedade que só faz alegrar aqueles que torcem para o quanto pior melhor.



quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Lembrança

Lembra-se nesta semana os setenta anos da descoberta pelo exército vermelho do campo de concentração Auchwitz-Birkenau onde, segundo dizem, mais de um milhão de pessoas foram executadas pelos Nazistas.
Ao que se diz, a tarefa monumental foi realizada à partir da determinação do alto escalão que desejava dar uma 'solução final' ao problema dos prisioneiros indesejáveis - especialmente os judeus. 
Então, os comandados por Hitler iniciaram os trabalhos criando dezenas de campos de extermínio onde foram sistematicamente executadas mais de seis milhões de pessoas. 
Mas como isso foi possível? 
Certamente milhares de oficiais e soldados das forças alemãs tomaram parte da empreitada. Então eu me pergunto, onde estaria a consciência desses todos que tornaram possível essa macabra façanha? Por certo eram alemães que tinham recebido uma educação até certo ponto refinada, mas ainda assim se prestaram a tomar parte no intento. Certamente boa parte da população civil alemã devia ter algum conhecimento do que estava sendo realizado naqueles campos, e ninguém se opunha.
No entanto essa 'realização' alemã não foi a única na história que aliás está repleta de extermínios em massa e massacres dos mais variados tipos opondo seres humanos contra seres humanos.
Hoje mesmo, aqui em nosso país estamos sendo sufocados por uma sucessão de denuncias de corrupção e mal-feitos de políticos, administradores, legisladores, e mais não sei quantos gestores públicos que, em vez de promover o bem estar de seus concidadãos, busca acima de tudo o próprio bem estar e de seus familiares e apaniguados. Por que?
Será que a gênese desses desvios não se iguala à dos facínoras alemães? 
A história é pródiga em nos mostrar inúmeras situações em que homens pilham, perseguem e massacram outros homens sob as mais diversas justificativas, e assim somos forçados a concordar com o filósofo que assim expressa a situação: Homo lupus homini, ou seja, o Homem é o Lobo do Homem. 
Mais uma vez somos forçados a encarar com desconfiança a sobrevivência do homem neste planeta.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Mais água?

O problema da água apareceu veladamente, pouco a pouco sem que a maioria das pessoas se desse conta. Primeiro foram boletins meteorológicos, informando sobre a possibilidade de tempos de seca, com o consequente esvaziamento dos mananciais, notícias estas que chamaram pouco a atenção... Depois vieram secos os meses em que normalmente devia chover bastante, com os níveis das represas caindo diariamente. Então se começou a clamar por providências, mas em se tratando de ano eleitoral o governo em fim de mandado e candidato a nova nova gestão, tratou o problema como se não existisse. 

Agora, estamos novamente nos meses em que deveria chover muito, mas tem chovido pouco e a principal represa que nos abastece de água está com volume crítico, cerca de apenas 5% de sua capacidade. Milhares de pessoas estão sofrendo com falta de água por toda a cidade, enquanto as autoridades tentam minimizar a questão garantindo que ninguém ficará sem água por mais de 24 horas, mas muita gente, especialmente na periferia da cidade, vem informando que ficam dias sem ter água nas torneiras.

Diante desta situação, e também devido a dúvidas quanto a qualidade da água que sai das torneiras, muita gente vem passando a comprar as chamadas 'águas minerais' ao menos para beber e cozinhar. Com isso os engarrafadores do produto, que casualmente são grandes multinacionais, vão enchendo seus bolsos de grana. 

Interessante que o presidente mundial da Nestlé, cujo negócio mais lucrativo vem a ser justamente a vende de águas minerais mundo afora,  vem pressionando fortemente a União Europeia para que a exploração de água seja considerado um negócio como o de alimentos. E a União Europeia vem, pouco a pouco, forçando os países mais quebrados do bloco - Portugal e Grécia, por exemplo, a entrega para a iniciativa privada a exploração da água, que deixaria de ser um bem público, para se tornar um negócio privado.

Note que a nossa Sabesp, tende a ser privatizada, conforme a estratégia tucana. Assim sendo, não há com que nos preocupar, afinal de sede ninguém vai morrer, desde que, é claro, tenha os trocados necessários para comprar as águas minerais fornecidas pela Nestlé, Coca-Cola, Danone, etc... Basta olhar nas garrafinhas que compramos por aí quem são os 'engarrafadores' da 'mercadoria'. 

Mas não se preocupem, pelo menos o ar, por enquanto ainda é grátis...


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Corolário da Avaliação das Distâncias do Sistema Solar

Com o sistema solar 'tuti-fruti' que apresentei um dia desses, espero que tenha ajudado que alguém perceba as grandezas nele envolvidas, bem como as impressionantes distâncias que isolam as estrelas, e neste caso citei apenas um exemplo, a distância entre o Sol e sua vizinha mais imediata, a Alfa do Centauro.

Esta é a principal razão pela qual acho viagens interestelares improváveis. Além disso temos o problema do tempo milenar da viagem (isto contando com a tecnologia ora disponível), sem se falar no problemas sério das radiações existentes no espaço que é um lugar extremamente hostil para a vida como a conhecemos.

Nossa civilização deu só o primeiro passo que talvez possa a credenciar a ir mais longe, com a descoberta da Força Nuclear, porém ainda estamos muito longe de desenvolver uma tecnologia que a domine e controle. Mais que isso, a nossa civilização ainda não conseguiu evoluir para um patamar civilizatório que seja algo superior ao primitivo e altamente instável estágio de lutas tribais. Apesar de todo nosso desenvolvimento científico e tecnológico, nossos dirigentes políticos continuam a agir ainda hoje como se o mundo fosse povoado por diversas tribos que vivem brigando entre si. Isto juntamente com as armas que desenvolvemos, torna altamente duvidosa a nossa permanência como espécie viva. 

Além desse aspecto, enfrentamos hoje a ameaça do 'efeito estufa' que também vem ameaçando a nossa sobrevivência com uma possível mudança catastrófica no clima do planeta. Apesar do risco iminente, novamente nossos dirigentes políticos não conseguem dar uma resposta satisfatória ao problema, e se recolhem a mesquinhez de lutar por seus próprios interesses e deixar que o planeta, as outras espécies e as gerações futuras arquem com os prejuízos de suas insensatas e tresloucadas ações. Isto é vergonhoso!

Então, se considerarmos que viagens interestelares exigiriam desenvolvimento científico bem maior que o atualmente disponível e com novas descobertas que somente poderão vir se houvesse um espírito cooperativo que unisse todos os povos (acontece justamente o contrário), isto nos faz temer por nossa permanência como civilização vencedora. As nossas chances são bem maiores de nos autodestruir em um futuro não muito distante. 

É triste, mas infelizmente creio que é o que se avizinha.





domingo, 11 de janeiro de 2015

Uma Ligeira Avaliação Das Dimensões do Sistema Solar Em Termos Apreensíveis.

Se o Sol tivesse um diâmetro de 11 metros (englobaria uma sobrado).
O planeta mercúrio teria o tamanho de uma nós 3,8 cm e estaria a 450 m afastado do sol.
Vênus teria  o tamanho de um laranja 9,8 cm,  e ficaria a 848 m do sol.
A Terra, teria 10 cm de diâmetro - também como uma laranja e ficaria a 1,173 km do sol.
Marte teria um diâmetro de 5,3 cm (um limão) e estaria a 1.787 m do sol...
Note que em aproximação máxima,Terra e Marte distam 614 m  um do outro e no afastamento máximo,  2.960 m.

Agora Júpiter teria o diâmetro de 1,12 m  e estaria a 6,1 km do Sol.
Saturno teria diâmetro de 94 cm e estaria a 11,208 km do Sol.
Urano teria 36,85 cm de diâmetro (uma melancia) e ficaria a 22,5 km afastado do Sol.
Plutão teria 1,8 cm de diâmetro (uma avelã) situada a 46,3 km de distância do Sol.

Para comparar ainda mais, a lua teria um diâmetro de 2,2 cm e giraria a 2,35 m de distância da Terra.

Agora imagine isto: A estrela mais próxima do Sol, Alfa-Centauri, estaria a 310 milhões de quilômetros de nosso sol com 11 m de diâmetro. Quer dizer que em nosso sistema solar reduzido, com o Sol em seu centro, a estrela mais próxima dele ficaria a meio caminho entre Marte e Júpiter...

A distâncias de tal magnitude, nunca vai se ver nenhum corpo celeste que tenha dimensão maior que um minúsculo ponto, como acontece com estrelas e planetas que observamos no céu noturno. Apenas planetas podem ser visto como pequenos discos através de potentes telescópios. Apenas a Lua pode ser vista a olho nu como um disco, e também o Sol, porém sua observação direta é altamente desaconselhada devido a intensa radiação luminosa que pode danificar a retina de nossos olhos e resultar em cegueira.

Pense nisso...