sábado, 28 de dezembro de 2013

Profissionais Confiáveis!

Quero crer que todos nós esperamos sempre encontrar profissionais competentes para nos atender nos mais variados serviços que precisamos - desde cabeleireiros ou mecânicos até, e principalmente, médicos e advogados (?). 

É de bom tom que tais profissionais ostentem seus diplomas ou certificados de conclusão de cursos que os capacite a bem prestar os serviços aos quais se propõe a fazer. Isto nos tranquiliza e transmite a impressão de que seremos bem servidos.

Entretanto, existe uma área da sociedade em que tal atributo, o de estar pelo menos familiarizado com o mister que vai se exercer, é soberbamente relevado, chegando às vezes até a ser desestimulado... Falo da política. Até onde sei não há nenhum curso de formação de políticos. Pelo que sei, nunca aprenderam nada sobre filosofia, ética e política. Ao que parece só precisam comprovar que sabem ler e escrever - fato bem explorado nas últimas eleições em que o famoso humorista 'Tiririca' eleito por expressiva avalanche de votos, quase não consegue entrar para a câmara justamente por haver dúvidas quanto a sua capacidade neste quesito. 

Fiquei então elucubrando por que não se promove cursos para os políticos que entram para a vida pública... Mas pensando um pouquinho mais a fundo, pensei que não são apenas os políticos que carecem de conhecimentos nos temas acima, e sim todos nós, enquanto eleitores. Ora, se é desejável que todos nós tenhamos tais conhecimentos, por que não se inclui uma disciplina que trate de ensinar isso a todos os alunos já no primeiro grau? 

Mas não, ninguém (até onde eu sei) cogita tal ideia. O que recentemente andou sendo muito discutido foi a inclusão de aulas de religião na grade de disciplinas do ensino primário. Aí naturalmente surgem os questionamentos - qual religião ensinar? Cristã? Islâmica? Hinduísmo, Bramanismo, Budismo? - Muitos políticos esboçaram sinais de cifrão em seus olhos imaginando dotar cada escola de um professor para cada uma das religiões enumeradas, e ainda subdividir o cristianismo entre o catolicismo, protestantismo, evangelismo e por aí vai... 

Para! Para! Ensinar religião nas escolas é uma aberração. Essa é questão para ser resolvida pela família, e ao que me consta, muitas igrejas ministram a seus fiéis aulas de religião para alicerçar sua fé nas famosas escolas dominicais. Em minha humilde opinião, isto bastaria para encerrar esta questão. 

Mas e o ensino de política, filosofia, ética... Tive a lembrança de que quando entrei na escola, no curso primário, nos idos do ano mil novecentos e sessenta e um, tinha aulas de português, matemática, ciências e Educação Moral e Cívica. Nesta última aprendíamos conceitos básicos sobre política como quem são prefeitos, vereadores, deputados, governadores e presidentes, o que eles fazem; sobre os três poderes e por aí vai. Tais conhecimentos ficaram marcados em minha mente de tal sorte que até hoje ainda os retenho e tem sido bastante úteis para que eu consiga pelo menos tentar entender como funciona a política neste nosso país - mas não está sendo fácil... Há tanta coisa que se faz, e que se diz, que atropela tão acintosamente o bom senso que mal dá para se acreditar e fica-se achando que, como ouvi um sábio dizer, "Em terra de cego, quem tem um olho... emigra". 

Reinaldo  

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Como é?

Finalmente entrávamos em mil novecentos e sessenta e oito. Foi um ano significativo para mim, não por causa a efervescência estudantil mundo afora, mas singelamente porque eu entrava na terceira série do ginasial e isso representava uma mudança de patamar, ao menos no estudo de história, já que passaríamos do estudo da história do Brasil para o estudo da história Universal. 

Logo em uma das primeiras aulas assaltou-me um certo desconforto quando a professora nos informou que Jesus Cristo havia nascido provavelmente entre os anos oito e quatro antes de cristo... 

Como é? 

Quer dizer que Cristo nasceu entre oito e quatro anos antes de... Cristo? 

Mas que coisa doida é essa? Bem, eu nunca fui de ir muito a fundo das questões e nem me passou pela cabeça perguntar a professora a razão de tal inconsistência, e tampouco me lembro que algum dos colegas de classe o tenha feito. Parece que moleques de treze a quatorze anos não tem muita coisa na cabeça mesmo... Passados poucos dias ninguém mais lembrava daquilo. 

Anos e anos depois, vi um documentário na televisão que deu em parte uma resposta a essa questão há muito esquecida. Um professor universitário, que colecionava moedas como hobby, tinha descoberto uma moeda emitida por Roma na região da Judeia por volta do século primeiro celebrando certa efemérida celeste que, segundo ele, referia-se à passagem do planeta Júpiter que estaria excepcionalmente brilhante devido a conjunções orbitais favoráveis. 

À época, tal evento era tido como premonitório, vaticinando mudanças significativos envolvendo reis, e pela posição do astro, sábios persas intuíram que anunciava o nascimento de um novo rei para a Judeia, e por isso acorreram para lá, a fim de constatar junto a Herodes como isto afetaria seu reinado.

Bem, já deu para perceber que esta história se confunde com a história bíblica sobre o nascimento de Cristo. Mas e a tal defasagem entre o suposto e o provável nascimento de Cristo? 

Para isso precisamos ter em mente que o calendário naquela época não era o que vale hoje, e sim o calendário Juliano, instituído por Júlio César e que continuaria vigente até que fosse reformado pelo Papa Gregório em mil quinhentos e oitenta e dois. Mas o calendário Juliano, ou romano, era muito complexo, tendo diversas formas de contar o tempo, quer seja a partir da fundação de Roma, ou conforme o período de governo dos cônsules, ou governantes de Roma. Fora isso, sofreu várias modificações ao longo do tempo o que tornou as datações dos períodos um tanto complexas. 

Foi um monge chamado Dionísio Exíguo (Dionísio Pequeno) que no ano de quinhentos e oitenta e dois, ao editar uma tabela para determinação das datas da Páscoa, criou o conceito do Ano do Senhor (AD - Anno Domini) sugerindo que o nascimento de Cristo fosse o divisor de águas da história. 

Mas sua elaboração deixou escapar dois problemas sérios; primeiro não foi estabelecido um ano zero, instituindo o ano um como o suposto ano de nascimento de Cristo. O segundo problema, mais grave ainda, foi ter cometido  erros na conversão das datas, resultando aí a diferença entre o suposto e o efetivo ano do nascimento de Cristo. Tal fato se confirma ao se constatar que a data da morte de Herodes o Grande ocorreu no ano quatro antes de Cristo - segundo a datação de Dionísio - sendo que Jesus teria nascido ainda durante o reinado de Herodes. 

Bem, confusões à parte, o fato é que nosso calendário atual herdou todas essas inconsistências e confusões e ao que parece continuará ainda vigente por bastante tempo; pelo menos enquanto persistir a sociedade que conhecemos, pois uma reforma de calendário visando a torná-lo mais racional implicaria em enormes dificuldades com reformulações de contratos comerciais, mercantis, financeiros e institucionais tanto de governos quanto de inúmeras empresas e empreendimentos tanto particulares quanto governamentais e de pessoas comuns, de tal sorte que isto seria praticamente impossível. 

Assim, os livros de história continuarão afirmando que Jesus Cristo teria nascido provavelmente entre os anos oito e quatro AC, e muitos estudantes haverão de continuar a  se perguntar "Como é?" ao ouvirem tal informação que parece contradizer o bom sendo. 

Reinaldo

Síndrome do Gravador de Fita em Rolo

Pois é... Mais um Natal que passou.
Quando eu era um garotinho, a época do Natal parecia mágica. Na tenra infância acreditava no Papai Noel que trazia presentes para as crianças que tinham sido boazinhas durante o ano que findava. Isso causava grande expectativa, e o ano parecia tão longo, custava tanto para passar...

A medida que a gente vai crescendo, que as ilusões vão se desfazendo, também parece que o tempo se acelera e os atos da vida se sucedem cada vez mais céleres... A primeira escola, o curso ginasial (é, sou do tempo em que tinha primário e ginásio), o colegial, a neura para entrar na universidade... Aí vem o primeiro amor, o casamento, filhos, e as ilusões natalinas transferidas para eles que também passam a empreender sua viagem pela vida. 

Agora que já sou até avô, os natais me parecem acontecer com uma frequência inquietante. Mal termina um ano e já surgem inúmeras despesas e impostos para pagar, contas e mais contas, manutenção de casa, do carro, de nós mesmos, via dentistas, médicos etc., etc... As pessoa se cumprimentam, enviam votos de um feliz Natal e próspero Ano Novo, dizem aflorar o espírito do Natal mas, a julgar pelo andar da sociedade como um todo, esse tal espírito natalino parece ser algo que dura pouco. Finda a ressaca de ano novo, retoma-se a roda viva da  vida e a ânsia  por um melhor salário, promoção, destaque social, e por aí vai. E o tal espírito natalino acaba soterrado sob tantas e tantas prioridades que elegemos na vida.

Não sei bem se é tanta correria ou se é o fato de já ter vivido tantos natais que me causa a nítida impressão de que o tempo passa mais rápido quanto mais se envelhece. É a isto que chamo de Síndrome do Gravador de Fita em Rolo. Quem já viu um desses funcionando há de concordar que, inicialmente o rolo carregado com a fita  gira bem devagar, como parecia andar o tempo em nossa infância. A medida que os anos vão passando, a vida parece ir mais célere, como o rolo do gravador que vai girando cada vez mais rápido até que um belo dia a fita termina e o carretel vazio para de girar... C'est la vie!

Reinaldo

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

SOBRE MAIORIDADE PENAL

Vira e mexe e lá vem a gritaria pedindo a diminuição da maioridade penal, especialmente quando algum menor comete algum crime bárbaro - o que infelizmente tem acontecido com exasperante frequência. Não sou advogado e pouco entendo de leis, mas isso não me impede de pensar e considerar o que vejo como solução, pelo menos para mim. 

Acho que o fulcro da questão da maioridade, a distinção entre criança e adulto - com a inevitável adolescência no meio do caminho - tem tudo a ver com a capacidade de procriar. Ouso a conjecturar que muitas vezes embora os adolescentes já tenham essa capacidade, ainda não conseguiram organizar suas vidas de modo a  manter uma família. Daí  o conceito de maioridade ficar um tanto flutuante, e para tanto a lei estabeleceu um patamar mínimo a partir do qual considerar o indivíduo adulto. Creio que tal limite há muito foi estabelecido aos dezoito anos de idade. 

Pois bem, com base em tal limite foi estabelecido o Estatuto da Criança e do Adolescente, limitando o jovem infrator a passar por medidas sócio educativas até  completar a idade mágica e aí sua ficha criminal é apagada, sendo ele reinserido na sociedade com ficha limpa.

No entanto eu acredito que casos de jovens violentos são exceções. Acho que para a grande maioria, o estatuto tem sido altamente positivo. Mas são justamente os casos escabrosos os que ganham as manchetes de jornais e revista e incitam o imaginário popular a considerar essa lei como uma aberração que poupa facínoras de responder pelas atrocidades que cometem, o que, diga-se de passagem, é até certo ponto compreensível. 

Aparecem então as reclamações e pedidos para reduzir a maioridade penal. O problema é, como conciliar a apenação dos malfeitores insidiosos que são poucos sem prejudicar a maioria dos jovens que tem se beneficiado da lei sem fazer alarde nem tampouco frequentar manchetes de jornais?

Minha humilde sugestão é a seguinte; encarando pelo lado do limiar que separa criança de adulto, ou seja a capacidade de procriar e manter família, o limite dos dezoito anos se não é o ideal é bastante satisfatório na maioria dos casos, especialmente no que se refere ao franqueamento de direitos e deveres aos jovens cidadãos. Mas e os jovens criminosos violentos? 

Se pensarmos de maneira inversa, ou seja, partindo do limiar para o jovem correto ser considerado cidadão pleno ocorrendo aos dezoito anos, que tal retroagir o limite de idade para os criminosos ao momento em que estes se apropriaram de prerrogativas que não lhes eram facultadas de maneira alguma, ou seja, a maioridade penal para tais indivíduos passaria a valer a partir do momento em que consumaram seus crimes bárbaros, como assassinato, tortura, estupro e outros que-tais. Minha ideia é que sejam assim considerados apenas crimes contra a vida, e minha justificativa para tanto é que, se o jovem tem discernimento para tirar ou atentar contra a vida de outrem, então ele ultrapassou um limiar que não poderia jamais ser ultrapassado e precisa responder por isso. 

E não me venham com justificativas atenuantes dizendo que são jovens, não sabem o que estão fazendo... Todos devem reconhecer o valor da vida e devem respeita-la e preservá-la. Desde a tenra infância todos devem aprender sobre o valor e a singularidade de se estar vivo... E tal aprendizado é urgente e necessário especialmente ante a cultura que se desenvolve com os vídeo-games em que se o jogador perde a vida, tudo bem, ele pode retornar gozando de outras vidas acumuladas durante a partida... Visão deturpada que precisa ser devidamente compreendida... No jogo você pode ter mais de uma vida, na vida real não (bem, há religiões e filosofias que pregam a reencarnação, mas até onde se sabe, não há comprovação incontestável disso). 

De fato a questão é controvertida e com certeza há inúmeros pontos de vista diversos do meu. No entanto fica aqui minha contribuição, ainda que seja considerada mais uma ideia de jerico.

Reinaldo 

sábado, 23 de novembro de 2013

E essa agora?

Justificando o nome deste blog, lá vai mais uma ideia de jerico... 
Esta semana saiu na revista Época uma reportagem que por um lado pinta de cores espalhafatosas a suposta inabilidade do governo em administrar as contas públicas que, em função disso, tendem a levar a nossa economia a novamente afundar na espiral inflacionária que por tantos anos fustigou nosso país. 
Entretanto, se a matéria é alarmista e apocalíptica na descrição e na denuncia das mazelas, em meu parco entender de economia, achei que fica devendo em apresentar números mais robustos que justifiquem tanto alarde. No final das contas fiquei com a impressão de que na verdade a matéria fez apenas uma tempestade em um copo d'água. 
Mas o ponto que eu quero enfatizar é o seguinte, se por um lado há razões para que a economia, não só do nosso país mas também no restante do mundo vai meio que aos trancos e barrancos, qual seria o governante que viria a público conclamar seus cidadãos a apertarem os cintos e a reduzirem suas compras para se precaverem de tempos difíceis... Até onde eu sei, sempre existe alguma crise na economia prenunciando tempos difíceis, e raramente, se é que houve algum caso, o governo vem dizer ao público a verdadeira situação da economia. 
Outro ponto da matéria que achei super instrutivo foi a acusação de que o governo não agiu com vigor para impedir que os deputados aprovassem o orçamento impositivo, em que a união se vê obrigada a liberar as verbas para os parlamentares, o que vai erodir ainda mais a situação das contas públicas. 
O interessante nessa questão é se imaginar como é que o governo poderia dissuadir os deputados de aprovarem essa lei que é de alto interesse para eles... Alguma sugestão? 
Dissolver a câmara?
Criar outro mensalão?


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Vai ou não vai?

A cena política brasileira é pautada por eventos realmente inspiradores. O assunto do momento é a situação dos condenados no chamado 'mensalão do PT', e a questiúncula que aflora é se os deputados condenados perdem ou não seus mandatos. 
Ontem estive ouvindo um analista jurídico em uma estação de rádio, dizendo que a indecisão sobre a cassação ou não de tais representantes deve-se a uma ambiguidade existente em nossa constituição que, se em dado parágrafo diz que para o cidadão exercer seus direitos políticos deve estar, obviamente, plenamente capacitado para tanto. 
Mas há outro dispositivo constitucional dizendo que a supressão do cargo eletivo de um representante eleito, só pode ser efetivada através de votação de seus pares. 
Já vimos uma situação patética, em que um deputado condenado a prisão, teve a sua cassação rejeitada em sessão da câmara, devido, principalmente, a votação ter sido fechada, ou seja, voto secreto. Com isso ficamos na curiosa situação de ter um deputado presidiário... 
Ora, mas para exercer um cargo eletivo a pessoa não precisa estar no domínio de seus direitos políticos? E os condenados pela justiça não perdem tais direitos? Ao que me consta nenhum preso sai da cadeia em dia de eleição para votar, uma vez que seus direitos políticos estão suspensos. 
Bem, voltando ao caso presente, muita conversa e muitos pareceres ainda surgirão até que se tome uma decisão. 
Bem, o que eu gostaria de dizer é que, apesar de minhas credenciais restringirem-se a um simples 'cidadão brasileiro', queria registrar aqui o que eu penso a respeito dessa situação toda. Diz-se que a Constituição Federal é a Lei maior da nação, sendo assim esta lei deve ser isenta de ambiguidades, senão sempre haverá que se recorrer a uma instancia superior para dirimir as dúvidas, mas o que está acima da Constituição? Bem, vejo na presente situação duas possibilidades. Se há uma dúvida sobre qual dispositivo constitucional prevalece, então a questão deve ser respondida ou se apelando ao bom senso, ou senso comum, que no meu humilde entender é o de o representante que for condenado por crime, perdendo seus direitos políticos, automaticamente terá seu mandato suspenso, e o caso da votação pelos pares restringe-se as situações em que o parlamentar quebra o decoro e aí pode ter seu  mandato caçado pela votação na câmara.
Porém, em sua infinita busca de encontrar soluções criativas para resolver suas pendencias, nossos deputados parecem propensos a não se pautar pelo bom senso, e sim pela famigerada "lei de Gerson", ou seja, o dispositivo que acolhem é aquele que lhes trás vantagens imediatas - leve vantagem você também, e viva os deputados presidiários!



terça-feira, 8 de outubro de 2013

Qem são eles?

Cenas terríveis. Os noticiários de ontem e hoje estão repletos de cenas do vandalismo perpetrado por marginais mascarados que se infiltraram em manifestações pacíficas de professores no Rio de Janeiro e também na manifestação de apoio havida em São Paulo. 
Todos são unânimes em reprovar as depredações, tidas como violência gratuita e injustificada, e em coro rotulam esses indivíduos de marginais e vândalos. Mas será isso mesmo? Quem são eles afinal de contas?
Não sou especialista em nada, apenas ouso a pensar um pouco, e como no fim acabo achando minhas ideias um tanto estapafúrdias, dai veio a inspiração para rotular este meu espaço como ideias de jerico...
Mas voltando aos manifestantes radicais, me parece que são em sua maioria jovens, talvez na faixa etária dos vinte e poucos anos. Serão eles de fato marginais, possíveis traficantes de drogas ou ladrões e assaltantes? Desempregados? Não sei nada disso, mas me parece que, ainda que orientada para a violência e ilegalidade, o que não lhes falta é inciativa, coragem e ousadia para se rebelarem contra o ordem estabelecida, conta a sociedade como está estruturada. E por que fazem isso? Bem, suponho que seja porque não estão satisfeitos com isso tudo que aí está e tal insatisfação parece superar todos os limites e extravasa em atos de violência e ira contra tudo que faz lembrar o sistema estabelecido - e parece que o alvo preferido deles são os bancos, a julgar pelo número de agências bancárias que tem atacado. 
Fico aqui matutando se agimos corretamente ao simplesmente considerar isso como atitude insana de alguns radicais inconsequentes que são problema da polícia... A mesma que execramos quando pratica atos de arbítrio e exagero, como vem sendo tratado o caso do servente de pedreiro desaparecido no mesmo Rio de Janeiro... 
Será que seria oportuno aprofundar um pouco mais a reflexão sobre isso tudo? Se não sei quem são eles, imagino que o que os move é uma total insatisfação com a sociedade e por isso sempre estão prontos a atacá-la no embalo das ditas manifestações pacíficas e justas... Acho que os políticos deviam se preocupar com isso, porque pelo andar da carruagem, o que nos estará reservado no dia de amanhã quando esses jovens vierem a ter de sustentar em seus ombros o andor desta nossa ordem social?


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Quilômetro ou metro?

Felizmente chamei este meu blog de Idéias de Jerico, assim fico à vontade para apresentar as ideias mais estapafúrdias pois, são ideias de jerico mesma... 
Pois bem, dito isso, uma ideia que volta e meia me vem à cabeça é a seguinte; por que a velocidade no trânsito é medida em quilômetros por hora? 
Acho que tanto o quilometro quanto a hora estão distanciados da percepção imediata das pessoas. Vejo então a placa de limitação de velocidade estabelecer quarenta quilômetros por hora nas proximidades de uma escola de primeiro grau. Até aí tudo bem, é boa política limitar a velocidade dos carros perto de escolas, e acho que todos concordam que 40 km/h é uma velocidade bem moderada, não é mesmo?
Mas esperem um pouco, e se convertermos a velocidade de quilômetros por hora, para metros por segundo?
Bem, aí teremos que tal velocidade seria de aproximadamente onze metros por segundo... Como é? Onze (11) metros por segundo? Meu Deus! Isso é muito! Dá pra imaginar uma criança tentando escapar de um monstro de metal se aproximando dela a 11 metros por segundo?
Percebem a diferença? Enquanto 40 km/h soa como algo bem moderado, 11 m/s parece assustadoramente rápido, no entanto para efeitos práticos, é a mesma velocidade. 
Acontece que nossa avaliação em metros por segundo é bem mais próxima e imediata. Assim sendo, creio que a simples mudança de padrão para medida de velocidade trás efeito de alertar mais tanto motoristas quanto pedestres da verdadeira rapidez em que os carros trafegam (ou deveriam trafegar). 
Vejam só, se eu digo que estou viajando a 22 m/s soa como uma velocidade de se prender o fôlego, já se eu digo que estou viajando a 80 km/h, parece que estou viajando até devagar...
Mas isso não importa. Afinal não passa de uma ideia de jerico e no país que popularizou o automóvel mede-se a velocidade em milhas por hora, sendo assim eles dizem viajar a 50 mi/h o que parece ainda mais lento que nossos módicos 80 km/h, muito embora estejam também trafegando a 22 m/s...

 

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Forças Ocultas

Às vezes fico imaginando o que leva o homem - o ser humano - a agir da maneira que age. Por que há tanto egoísmo? Por que há políticos corruptos, e tanta gente que os critica, mas que, se por um passe de mágica viessem a ocupar o lugar de algum deles, ouso dizer que, num piscar de olhos estaria realizando as mesmas práticas. 
Cismo que há pensamentos que se propagam de pessoa a pessoa, uns inconsequentes e triviais, outros fortes e vigorosos a tal ponto  que por vezes acabam se tornando como que entidades independentes, a adquirir vida própria e nortear as decisões de bilhões e bilhões de pessoas mundo afora. 
Nesse contexto uma ideia que é cardeal atualmente é o que chamo de 'dinheiro' - embora essa denominação seja um mero rótulo. Por trás disso há um sem número de atitudes que todos tomam diariamente com o objetivo de conseguir mais, lucrar mais, tudo com vistas a obter mais proeminência no quadro social, obter mais prestígio, poder, respeito... Infelizmente não se medem quais esforços se faz nessa busca e muitas vezes se perde a medida e muitos acabam passando por cima de outros, notadamente os mais fracos e desprovidos de meios para se defender... 
A ideia 'dinheiro' se assoma portentosa e imperativa a subordinar até ações de governantes, quer em proveito próprio ou de seus apoiadores, e também neste caso, como temos visto várias vezes, não se envergonha em submeter até mesmos nações ditas soberanas às suas ambições. 
Seu comando é sutil e todo revestido da melhor das intenções, e tal poderia ser não fosse a força da obsessão e avareza do homem. Não que sejam todos assim, há sem dúvidas os retos e justos, porém estes se perdem em escrupulosas considerações enquanto os vis se arvoram ávidos em seus mal feitos de modo que dificilmente são alcançados.
E assim vai se caminhando com injustiças cada vez mais pungentes e evidentes até que finalmente algo ocorra, e no mais das vezes isto tem significado 'guerra'... Estaremos então nos pródromos de uma nova conflagração? 

domingo, 22 de setembro de 2013

Que problema... Que problema...

Eu não sei como resolver isso...
O conjunto dos números naturais é infinito?  É...
O consunto dos naturais pares é infinito? Também é.
O conjunto dos naturais pares está contidos no conjunto dos naturais? Está...
Mas o conjunto dos naturais está contido no conjunto dos naturais pares? Não!
E o conjunto dos naturais ímpares, está contido nos naturais? Está...
Mas o conjunto dos naturais também não está contido no conjunto dos naturais ímpares...
E o conjunto dos naturais impares também não está contido no conjunto dos naturais pares... E vice-versa!
E pior ainda, a interseção de naturais pares com naturais ímpares dá vazio!!!
Mas todos não são conjuntos infinitos?


Como se explica isso???

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Depois de ter me embrenhado um pouco em política e questões de espionagem, volto às ideias de jerico mais práticas. Desta vez, tendo o saudosismo despertado por um amigo que me enviou um email falando sobre a Romi-Iseta (alguém se lembra do carrinho) estive devaneando e concluí que aquele foi o carro certo na época errada. Era um carrinho frágil, com motorzinho fraco, para apenas motorista e um passageiro e com um inusitado sistema de acesso a seu interior, por meio de uma única e ampla porta dianteira. Apesar do sucesso inicial devido a, creio eu, falta de opções no mercado, acabou superado quando a indústria automobilística se instalou, apoiada por incentivos do governo que exigiam veículos que transportassem ao menos 4 passageiros e tivessem 2 portas. Parece que essa foi a sentença de morte do valente carrinho, que afora existe apenas na lembrança e nos museus - salvo um ou outro pertencente a colecionadores.
Eu já havia me lembrado do veículo quando há algumas semanas vi um Smart (também para 2 ocupantes).
Acho que agora com as cidades totalmente congestionadas, carrinhos urbanos pequenos seriam uma boa pedida, muito melhor caso fossem elétricos. Creio que a adoção da porta frontal única seria o grande diferencial que permitiria otimizar o estacionamento dos carros de frente ao meio fio das ruas...
Vale a pena sonhar?

domingo, 15 de setembro de 2013

Nesta semana saiu um artigo muito interessante na revista Carta Capital.
Fala sobre o programa espacial brasileiro e seus encontros e desencontros com o governo da Ucrânia com quem foi estabelecido um consorcio dando origem a empresa binacional Alcantara Cyclone Space para desenvolver um veículo lançador de satélites de peso médio. O artigo informa que foram liberados recursos pelo governo brasileiro para que o programa finalize sua etapa final nos capacitando a lançar satélites a partir da base de lançamento de foguetes de Alcantara no Maranhão.
Acontece que há críticos dentro do próprio governo, que preferiam ver os recursos aplicados no programa do Veículo Lançador de Satélites da Força Aérea, alegando que neste programa desenvolveríamos tecnologia integralmente nacional, o que não seria o caso no consórcio com a Ucrânia, já que esta detém tecnologia que recebeu nos tempos da ex União Soviética e, provavelmente não a repassariam para nós.
Esta situação que estava mal parada até há algumas semanas, veio a se precipitar com as recentes divulgações de que nosso governo estaria sendo espionado por sofisticados programas desenvolvidos potencias estrangeiras. Assim sendo, nossa situação de vulnerabilidade ficou patente e passou a exigir respostas. Dentre essas, parece que a aceleração do programa ACS é a alternativa mais eficaz e rápida para que o país tente recuperar o atraso no campo estratégico.
O aspecto mais emblemático do atraso é bem ilustrado pelo episódio da privatização da Embratel em que foram vendidos junto com os ativos da empresas, nossos satélites geoestacionários. Com isso perdeu-se o controle sobre o tráfego de informações por esses meio e ficamos dependentes de empresas estrangeiras para viabilizar as comunicações, inclusive de nossas forças armadas.
Leve-se em conta ainda que todas as nossas comunicações telefônicas, de dados e internet, de um modo ou de outro também precisam passar por canais de empresas estrangeiras, e temos aí as condições propícias para que o Brasil esteja extremamente vulnerável, e como tem mostrado os vazamentos de informações que tem vindo à baila recentemente, contar com garantias contratuais não parece ser o caminho mais seguro, uma vez que, ao que parece, prevalecerão sempre os interesses nacionais das grandes potências, em detrimento de quaisquer contratos, por mais bem elaborados que sejam.
Outra revista ainda, trás uma entrevista com um historiador que faz uma afirmação que não se deve esquecer. Diz ele que: "nenhum Estado respeita a lei internacional senão entre os que tem poder de retaliação." Há que se reconhecer aqui que nossos poderes retaliatórios são bastante limitados e foram muito enfraquecidos nas últimas décadas, razão porque urge que se faça um esforço para que, de algum modo, consigamos avanços em nossa defesa.
Curiosamente ainda há um site na internet que traz notícias sobre os últimos desenvolvimentos científicos, e dentre diversos artigos, um chamou minha atenção. Tratava exatamente sobre os métodos usados pelas agencias de segurança para conseguir acesso a informações privilegiadas e comunicações sigilosas.
O curioso nessa nota é que, ao contrário do que se pode pensar, as artimanhas de que se valem tais agencias são muito menos glamourosas do que se pinta na literatura ficcional, e bem mais brutas do que se supõe. Segundo informa o artigo, as agencias tendem a cooptar empresas nacionais e as faz fragilizar seus dispositivos de segurança e proteção de dados, bem como franquear acessos privilegiados nos sistemas para as agências, e o mais surpreendente, sugere que computadores vendidos por fabricantes do país poderiam já levar devidamente instalados programas espiões que automaticamente transfeririam informações sensíveis às agencias de segurança, facilitando muito o trabalho de 'bisbilhotagem'. Entretanto nem tudo está perdido, segundo se informa no artigo, um método bem simples para ao menos complicar a vida dos bisbilhoteiros de plantão é simplesmente usar softwares gratuitos. Tais software tem arquitetura aberta e são ajustados por programadores de todo o mundo e portanto não se encaixam bem nos requisitos das agencias de segurança que, ao que se diz, preferem atuar junto aos sistemas proprietários.
Bem, para encerrar, uma pequena reflexão. Sempre houve espionagem entre nações, militares, estratégicas, e principalmente comerciais e industriais. Sendo assim, por que haveria se ser diferente nos dias de hoje em que a tecnologia da informação possibilita meios insuspeitos de se conseguir praticamente quaisquer informações?  

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Por que somos assim?

Outro dia postei uma de minhas jericoadas falando sobre dirigíveis. Acho que seria um tipo de transporte ideal para o Brasil, mas se ninguém vier com uma solução já pronta, nada se faz. A Zeppelin na Alemanha ainda está por aí Zeppelim Systems Gmbh (Alemanha) e também a Zeppelin Systems Latin America Equipamentos Industriais Ltda.  que fica aqui em Santo André., mas não sei por que não revivem a tecnologia dos transportadores aéreos mais leves que o ar...

Agora acabei de ler uma notícia dando conta que os chineses desenvolveram um tipo de ônibus que circula por cima da corrente de tráfego de uma avenida. É aquela velha história dos desenhos animados em que o carro cria pernas e se eleva passando por cima da fila dos veículos congestionados. É a ideia de usar o espaço vertical da via, já que não se pode alargar por conta do custo elevado das desapropriações. Segundo dizem, o custo desse veículo sai por cerca de 10% do custo do metrô e é bem mais rápido de construir. Seria uma de minhas jericoadas, só que não fui eu quem imaginou isso. Foram os chineses e já implantaram o sistema....

Mas nós aqui até temos soluções - só que a divulgação é pouca e quase ninguém conhece. Já ouviram falar no aero-móvel de Porto Alegre? Pois é um industrial brasileiro Oskar Coester idealizou um sistema de trem aéreo (sobre trilho suspenso) que dispensa motorização no veículo, sendo impulsionado pela pressão do ar.
Em pontos determinados da via instala-se um compressor que insufla ar por uma tubulação montada sob os trilhos. Acoplada ao trem há uma placa metálica encerrada entro da tubulação. A diferença de pressão entre os dois lados da placa faz o trem se movimentar. Uma ideia simples, que causou muito entusiasmo em fins dos anos 70 e inicio dos 80, mas que infelizmente, como resultado prático, teve apenas uma linha instalada em Porto Alegre com pequena extensão e, curiosamente, outra linha foi instalada na Indonésia, com 3, 2 km de extensão e que vem funcionando bem há mais de 20 anos.
Aqui no Brasil, somente agora com o afã da Copa do Mundo houve um esforço de instalar uma nova linha ligando o aeroporto de Porto Alegre até um terminal de metro para facilitar o transporte de quem for assistir as partidas da Copa.

O problema de nós brasileiros, é que dificilmente nos colocamos na vanguarda dos avanços da ciência, sempre ficamos à reboque das situações... Pretendo ir aos poucos contando histórias de nossas 'mancadas' e eventuais sucessos - se que há.

Mas por ora fica assim. Ideias até temos, falta a força para transformá-las em realidade...

Reinaldo

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ataco outra vez... Ideias na área da saúde.

Ontem li um artigo interessante no site abaixo -quem quiser confira.
http://www.saudeemmovimento.com.br/reportagem/noticia_frame.asp?cod_noticia=2125

Fala sobre idosos e carência da vitamina B12 que pode provocar problemas neurológicos e psiquiátricos além de manifestação de anemia megaloblástica.

O que chamou minha atenção, foi a constatação da pesquisadora da Unicamp de que médicos e autoridades sanitárias estão subestimando a gravidade do problema. Segundo ela, muitos pacientes chegam ao hemocentro depois de perambulares anos atrás de um diagnóstico para a série de sintomas difusos que apresentam sem que se chegue a real causa do problema, a falta de vitamina B12. Mas o pior é que durante o processo são submetidos a toda sorte de tratamentos - muitos inadequados - enquanto o problema efetivo vai provocando danos cada vez maiores ao sistema nervoso do paciente, e que tendem a se tornar irreversíveis.

Segundo a doutora, tudo isso poderia ser evitado com uma prosaica aplicação de vitamina B12 injetável que tem custo praticamente irrisório. Diz ela que o despreparo dos médicos face a esse problema ocorre em nível nacional e que muito provavelmente é devido a medicina focar prioritariamente o tratamento de crianças e jovens, deixando os idosos como que em segundo plano.

Bem, agora vamos às 'jericoadas'.

Imagine-se na situação de alguém que, em consulta a um eminente doutor em medicina, tenha a insensatez de comentar o artigo apresentado acima... Penso que o médico olharia o paciente com um misto de indignação e soberba como quem diz: "Quem é você para se atrever a duvidar de meus doutos conhecimentos e arvorar-se a pretender fazer diagnósticos?" O pobre mortal e infeliz paciente sentir-se-á como se Deus pessoalmente viesse ameaçá-lo com um chicote flamejante diante de tal desatino e vai se calar para nada mais dizer pondo-se inteiramente nas mãos do sapientíssimo doutor.
Exageros à parte, o fato é que muita gente neste país morre devido a erros médicos, e como diz o ditado popular, o erro médico, a terra encobre.

Uma de minhas caras ideias é que, à exemplo do que acontece com a receita federal, que parece ser onipresente no país e capaz de rastrear qualquer pessoa através de seu CIC, por que não dotar o SUS de um sistema semelhante em que o prontuário de cada paciente seja mantido em um banco de dados de alcance nacional? Seria muito caro tal sistema? A receita do leão é sagrada, mas a saúde do povo... ora, o povo... Quem liga para essa gente?

Outra ideia que sempre acalantei seria tem um programa de inteligência artificial que subsidiasse os médicos em seus diagnósticos. A ideia é que tal sistema fosse enriquecido com cada experiência do dia a dia, e também fosse alimentado com os avanços da medicina que hoje em dia ocorrem praticamente todos os dia. Assim os médicos teriam acesso a tais conhecimentos e experiências sem que precisassem dedicar boa parte de seu tempo lendo artigos e revistas com as última descobertas médicas. Mas mais uma vez já estou sentindo o olhar ameaçador do Deus da medicina se preparando para me castigar por proferir semelhante asneira, afinal médicos são como deuses - oniscientes, onipresentes e acima de tudo incontestáveis...

Desculpem a ousadia... Mas são ideias de jerico mesmo.


sábado, 7 de setembro de 2013

Há motivos para se preocupar?

Assistindo ao noticiário sobre a situação na Síria, fica-se meio perdido com as declarações dos grandes líderes mundiais.
Por um lado o Sr. Barak Obama, convicto de que os ataques com armas químicas foram perpetrados por forças do governo de Bashar Al Assad, insiste em realizar um ataque punitivo contra as forças desse governo valendo-se apenas de mísseis teleguiados. Por outro, o Presidente da Russia, Vladimir Putim, insiste em duvidar que foram forças do governo sírio que fizeram os ataques com o gás sarim, e afirma que algum tipo de ação só pode ser tomado com aval das Nações Unidas.
Mas o Sr. Obama parece, surpreendentemente,  distanciar-se do conselho de segurança da ONU alegando que a organização não pode atuar efetivamente devido ao poder de veto de Russia e China, grandes aliadas da Síria.
Obama esperava contar com o apoio da tradicional aliada, Inglaterra, porém o seu primeiro ministro, David Cameron, não contou com o apoio parlamentar e assim se vê impedido de participar no possível ataque.
Agora Barack Obama luta para conseguir aprovação do congresso americano, algo que está também se mostrando difícil uma vez que a maior parte da população é contra o envolvimento militar naquela conturbada e delicada região, o oriente médio - mais especificamente na Síria, tendo em vista os atoleiros em que se converteram o Afeganistão e principalmente o Iraque. Mas então o que fazer?
E afinal, por que é que a brutal guerra civil perdura na Síria?
Bem, talvez a resposta a esta pergunta não esteja na verdadeira guerra de declarações em que se digladiam os governos  atuantes na região.
Talvez a resposta esteja nos interesses de tais governos que provavelmente mobilizam e suprem com armas e munições as forças beligerantes em conflito. E o interesse maior seria o de controlar jazidas de gás da região bem como o controle de gasodutos planejados para transportar esse gás até os portos da Síria no Mediterrâneo para suprir o rico mercado europeu que assim se veria mais livre da dependência do gás fornecido pela Russia.
Esta obviamente, não pode permitir que seu aliado sírio seja derrubado e por isso o apoia vigorosamente.
Mas e se houver um ataque, como quer o Sr. Obama? Quais seriam as reações do mundo árabe, e dos aliados da Síria?
E se algum míssil atacante atingir uma instalação estocando o gás, e este se espalhasse por uma área densamente povoada, resultando em milhares de mortos? Será ingenuidade imaginar que o governo sírio não possa se valer dessa estratégia?
Com todas as possíveis variáveis que podem afetar a essa região, será que um ataque é realmente uma estratégia válida, ou seria algo como se querer apagar um incêndio jogando gasolina sobre o fogo?

Tenho razões para me preocupar?

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Amanhã, o dia da pátria!

Amanhã será o dia da pátria, quando se comemora a independência do Brasil.
Dizem que haverá manifestações - em ressonância aos movimentos deflagrados dois meses atrás que me sugerem um despertar da cidadania...
Penso então em sugerir bandeiras para as manifestações realçando pontos relevantes que, acredito eu, não podem ser esquecidos?
Para a saúde, que tal este: "Quero o SUS a que eu faço jus!"

Pelos impostos que pagamos, ainda falta muito para chegarmos lá... Mas andar com fé eu vou, que a fé não costuma falhar...

Na educação, poderia ser: "Vamos educar, que o país vai melhorar!"

A educação parece que está avançando, o ENEM parece estar melhorando e ampliando o acesso a educação. Estamos dando um salto quantitativo, agora é preciso dar o qualitativo, com melhores professores. É preciso também repensar a educação, a formação dos jovens, para que atendam as reais necessidades da sociedade - vejo aí carência de cursos técnicos para formar mão de obra qualificada e em quantidade suficiente para atender as demandas da sociedade. O ensino em nível superior também parece não estar atendendo a contento, já que nos faltam principalmente engenheiro e médicos. É preciso melhorar.

Pela Reforma Política: "Política é coisa séria - a fuga da miséria!"

A Presidenta acertou ao destacar a reforma política como uma prioridade sugerida pelos movimentos de protestos - pena que, ao que parece, os políticos não pensem assim... Política deveria ser ensinada nas escolas, já ensino  básico. Todo cidadão deveria ter uma base de conhecimentos mínimos sobre política. Aí é que começa a reforma política. Nossos governantes parecem preferir que o povo esteja alheio à política. Parecem achar que quanto menos a povão souber menos dá palpite... Mas isto é um erro. Nós temos de saber quem são nossos representantes! Nossos políticos tem que trabalhar para realizar os anseios da população e melhorar sua condição de vida, e não trabalhar apenas em proveito próprio.

E a segurança? "Polícia e Justiça acerto na ação!"

Acho que este é um pedido mais do que justo. A nossa justiça é por demais complicada e cheia de exceções e circunlóquios que tendem a eternizar os processos e daqueles que podem pagar bons advogados, enquanto os ladrões pé de chinelo mofam dentro de prisões tenebrosas.
A polícia, entre os marginais os cidadãos honestos ora derrapa para um lado, ora para o outro... O policial precisa de mais e melhor treinamento...

Enfim, temos aí um pequeno elenco de pleitos visando a melhorar as coisas em nosso país - e eu nem falei nos transportes que iniciaram toda essa movimentação com o movimento pelo passe livre... Mas acho que já temos o bastante em que refletir... O problema é, como sempre, como fazer isso tudo avançar?

Alguma sugestão?


   







quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Há acontecimentos na vida que nos deixam muito zangados.

Ontem li em uma revista uma jornalista narrando as vicissitudes de um amigo seu junto ao Detran carioca, atazanando 'kafkaniana' o pobre cidadão. Imagino que se trata do velho expediente - 'criar dificuldades para vender facilidades'... No caso contratar um despachante pagando-se para ter tranquilidade.

O caso veio de encontro a uma de minhas  elucubrações 'jericosas'... A classe média, tende a fazer troça dos serviços públicos, no geral mal administrados e frequentemente tornados em antros de corrupção.

Tomemos o caso da saúde, por exemplo. O SUS é mal visto como ineficiente e cronicamente carente de recursos tanto de médicos quanto infra estrutura o que ocasiona filas intermináveis e esperas ridículas para que se façam exames - muitas vezes o paciente morre à espera de fazer um simples exame marcado para meses, senão anos adiante...

Pois bem,  o que faz a classe média? Ha tempos foi se socorrendo nos famigerados planos de saúde que deveriam ser melhores que o SUS. Até pode ter sido assim anos atrás, mas hoje já não é raro ouvir-se reclamações e críticas aos convênios  que parecem competir com o SUS em questão de 'ruindade'.

Bem, saúde foi só um exemplo, mas assistimos a coisas semelhantes ocorrendo na educação e especialmente na segurança... E o que se faz? O de sempre, socorrer-se nos serviços particulares.  Assim proliferaram planos de saúde, escolas particulares, segurança particular, blindagem de automóveis, e por aí vai...

Bem, se já pagamos uma fábula em impostos - dizem que chegam a 35% de nossos rendimentos - por que ainda suportamos o ônus de serviços particulares que se tornam cada vez mais ineficientes? Seria muito mais inteligente abrir mão dos serviços particulares e recorrer aos serviços públicos, mas exigindo que passem a ser eficientes e bem administrados, afinal não seria esse o dever do Estado?

Neste caso nos compete abrir a boca e reclamar, reclamar não, exigir que os serviços públicos tenham qualidade compatível com os impostos que pagamos.




segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Por que não Dirigíveis?

Uma coisa que sempre me indago é por que a tecnologia dos dirigíveis foi descartada? São grandes? Desajeitados? Lentos? Sim, em relação ao transporte aéreo tradicional. Mas se levarmos em conta as especificidades do Brasil no que concerne a transportes, creio que seriam uma opção a se considerar com seriedade, afinal o país tem dimensões continentais e o transporte terrestre - tanto rodoviário quanto ferroviário tende a se tornar muito oneroso quando se considera a construção e posterior manutenção das vias necessárias para seu deslocamento.

Nos primórdios da aviação, dirigíveis foram vistos como solução eficaz e econômica, e chegaram a ser construídos por diversos países. Porém tendiam a ser muito grandes,  frágeis, e acima de tudo lentos, isto sem se falar dos riscos de incêndio tendo em vista o emprego de hidrogênio como gás alar que é muito reativo com o oxigênio.

Entretanto, não se pode esquecer que os aeroplanos mais pesados que o ar também eram muito perigosos em seus primórdios, e foi só através de muito investimento na criação de tecnologias e procedimentos de segurança que alcançaram os elevados índices de segurança que apresentam hoje.

Se por um lado o transporte de passageiros por dirigível pode ser questionado por ser muito lento, por outro pode proporcionar inquestionáveis benefícios no transporte de cargas, pois é bem mais rápido que caminhões ou trens e leva sobre estes a vantagem nada desprezível ao prescindir de estradas.

Recorde-se ainda que a questão da segurança associada a utilização do hidrogênio, já está superada com a utilização do gás hélio no lugar do hidrogênio.  Este é um pouco menos leve que o hidrogênio, mas tem a grande vantagem de ser um gás inerte, ou seja, não reativo e portanto elemina os riscos de explosões e incêndios.

Diga-se ainda que a tecnologia dos dirigíveis pode ser muito beneficiada com novos materiais hoje disponíveis muito mais resistentes e leves que os empregados durante sua fase inicial. Isto sem se falar ainda na confiabilidade muito maior das previsões meteorológicas que podem proporcionar vôos em condições ótimas de tempo.

Esta meio de transporte deveria ser estudado com seriedade e desenvolvido com o objetivo de dotar o país de outra opção de transporte.  

 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

E a polícia?

Bem, nem só a polícia, como também toda a classe política parecem ter sido apanhados de surpresa pelas recentes manifestações que virtualmente se espalharam por todo o país.

A princípio a polícia agiu como se todo manifestante - imprensa inclusive - fossem inimigos. Ante as reclamações generalizadas, recuou ao papel de mera observadora.

Infelizmente, dentre os manifestantes, nem todos eram 'da paz', juntaram-se alguns agitadores, baderneiros e meros assaltantes que, apesar de minoria, produziram enormes estragos tanto ao patrimônio público quanto ao privado. E nisso temos de nos resignar porque nossa sociedade ainda está longe de ser bem equilibrada e as manifestações não poderiam deixar de espelhar isso.

Mas voltando à polícia, sua aparente perplexidade, demonstrou que simplesmente não sabiam exatamente como lidar com essa movimentação toda. Ora exagerando, ora se omitindo na reação. Mas diga-se de passagem que o movimento pegou a todos de surpresa, inclusive os próprios manifestantes que, começando com o pleito sobre as passagens dos ônibus, de repente viram ampliar sua pauta para inúmeras outras mazelas que tanto inquietam e desanima a população.

Então me parece que este é um  momento auspicioso para que todos nós, povo, políticos e polícia aprendamos um pouco mais sobre cidadania, e oxalá toda essa movimentação sirva para tornar o Brasil um lugar ainda melhor para se viver.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

E as planilhas?

Muito bem! O MPL (Movimento Passe Livre) conseguiu, governador e prefeito revogaram o aumento das passagens de ônibus, trens e metro. Voltamos a pagar os R$ 3,00 de antes. 

É uma vitória, sem dúvida, mas fica longe de resolver as supostas distorções que tornam o transporte coletivo na cidade de São Paulo um dos mais caros no país. Será que o custo de viagem por passageiro é tão elevado assim? 

Dizem que os transportes coletivos, notadamente os ônibus, são controlados por poucas 'famílias' em todo Brasil (curioso que designem por 'famílias'  os empresários do ramo. De imediato lembra as famílias mafiosas dos filmes de Copolla. 

Bem, creio que seria muito salutar que a prefeitura divulgasse aos munícipes as tais 'planilhas de custos' das empresas, algo que dizem ser guardado a sete chaves - por que será? 

Em todo caso seria bem interessante que pudéssemos saber o que onera tanto o transporte público para que a passagem de uma simples viagem custe R$3,00. Será que vão divulgar? 

Torço para que o MPL consiga isso também.


Silvaria